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NESTA EDIÇÃO: COZINHAR, GERIR E CRIAR COM BERTÍLIO GOMES E LEONOR GODINHO REPORTAGEM UM ESPLENDOR ARGENTINO COM PABLO JESÚS RIVERO ENTREVISTA MUNDANA COM ANTÓNIO GALAPITO

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A Revista Manja é a sucessora da Inter Magazine, construindo uma nova identidade sem negar o seu historial editorial. É um novo começo. Um novo conceito.

Publicada trimestralmente, a Manja é uma revista com estilo e sem pressa, que oferece uma visão aberta, curiosa e contemporânea sobre o mundo da gastronomia e da hospitalidade. É sempre em papel, com textos em português e inglês, e fala a partir de Portugal, mas de olhos bem abertos para o mundo.

É uma edição das Edições do Gosto, com total independência editorial.

A Manja bebe dos valores que norteiam todo o universo das Edições do Gosto, tais como a partilha e preservação do conhecimento, a abrangência territorial (do país inteiro, sem exceções), a sustentabilidade com sentido prático, o diálogo entre gerações, a integração, inclusão e igualdade de oportunidades, a expressão artística como forma de intervenção social e o bem-estar psicológico como parte essencial do setor.

Mais do que uma revista, a Manja é um espaço de reflexão, inspiração e conexão — entre pessoas, saberes e sabores.

MANJAM CONNOSCO


Alexandre Silva

Ana Luís Bernardino

Bruno Caseiro

Catarina Amado

Catarina Moura

Dave Palethorpe

Diana Barnabé (Estúdio Cozinha)

Ivone Gonçalves

Lara Espírito Santo

Louis Cannings

Luís Antunes

Manuel Ferreira Chaves

Margarida Rego

Paulo Amado

Rafael Tonon

Rui Penedo

Sónia Alcaso

Tamara Alves

Theo Gould

Tiago Lessa (Estúdio Cozinha)

Virgilio Nogueiro Gomes

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#288

Na gastronomia, como na vida, há encontros que mudam tudo. Atravessam-se mares, aprendem-se línguas, alteram- -se projetos de vida e, do outro lado, à nossa espera, há uma mesa posta, onde novos saberes e sabores se reinventam e ganham lugar. Neste número da manja, celebramos precisamente isso: as histórias de quem chegou de fora e fez da cozinha o seu território de expressão e pertença. «Sem Fronteiras» não é apenas um tema simbólico. É uma afirmação clara de que a cozinha é, e sempre foi, um lugar de cruzamentos. Os pratos que hoje chamamos nossos são, muitas vezes, fruto de viagens, trocas e adaptações. Não existe tradição sem influência. E Portugal, país que há séculos partiu mundo fora, é agora também porto de chegada para quem traz outras receitas, outras técnicas, outras formas de pensar a comida. Neste contexto, ouvimos as vozes de emigrantes que, com coragem, talento e persistência, escolheram viver, estudar e trabalhar em Portugal. Vieram de culturas distintas, mas encontraram aqui um espaço para criar, adaptar, contribuir. Trouxeram novos conhecimentos e, com eles, enriqueceram profundamente o panorama da restauração e gastronomia portuguesa. Estas histórias mostram-nos que partilhar e cozinhar é também resistir e criar pontes. Pertencer. Este número é também, inevitavelmente, um gesto político. Porque num tempo em que se normalizam discursos populistas e xenófobos, é urgente relembrar que a diversidade não é uma ameaça. A diversidade é uma riqueza. É urgente relembrar que os emigrantes não «pesam» na sociedade. Os emigrantes fazem parte dela, com trabalho, criatividade e um profundo sentido de comunidade. É urgente relembrar que as cozinhas portuguesas estão hoje cheias de sotaques diferentes e ainda bem! Ignorar esse contributo que a emigração nos dá, ou tratá-lo como secundário, é apagar uma parte fundamental da história gastronómica contemporânea. Acreditamos que o futuro da nossa cozinha se faz com mais vozes, mais heranças, mais ingredientes partilhados. E, por isso, esta edição é também um convite: a ouvir, a provar, a valorizar. A perceber. Porque, e nunca é demais dizê-lo, a ideia de «nós» é sempre mais rica quando inclui o «outro». Enquanto houver mãos a preparar comida com dedicação, não há fronteira que nos separe verdadeiramente.

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