Ponto Cru é uma rubrica que explora primeiro o lado pessoal e depois o profissional dos seus convidados. O convidado que se segue é Nuno Dinis, chefe residente do Fismuler, no Hotel ME Lisbon.
Se fosses um ingrediente, qual seria e porquê?
A questão é complicada por ser apenas um... escolho o ovo.
Qual é a tendência gastronómica atual que menos te agrada e porquê?
A "ramenização" barata! Um ícone da cozinha japonesa que, quando feito sem princípios e sem respeito por essa cultura, transforma-se num caldo cheio de MSG, intensificadores de sabor, corantes, conservantes e outras coisas artificiais.
Quando vais a um restaurante de fast food, qual é o teu pedido habitual?
Kebab. É difícil encontrar um autêntico e tenho saudades do Médio Oriente. A mistura deveria incluir sempre borrego, peru e frango, molho picante e molho de alho, tudo dentro de um pão pita crocante.
O que gostas de cozinhar quando estás em casa, longe do trabalho?
Arroz, sempre.
Que música não pode faltar na playlist da tua cozinha?
De momento, algo dos Mind Enterprises.
Qual foi o maior elogio que já recebeste por um prato que criaste?
Ter tido respeito pelo produto, pela cultura e história do prato — e, ainda assim, ter conseguido agregar um pouco de inovação.
Qual é o som mais satisfatório na cozinha para ti?
O som das varas a bater na taça quando levantamos uma emulsão. Ou o momento de envolver um tártaro ou ceviche com os restantes ingredientes.
Se pudesses reivindicar a criação de um prato da cozinha portuguesa ou mundial, qual seria?
Feijoada de lebre.
Que restaurante tradicional português acreditas que merecia uma estrela Michelin?
Tia Alice, em Fátima.
Qual é o teu maior sonho enquanto chefe de cozinha?
Ser responsável por um projeto gastronómico desde a raiz: da construção ao desenvolvimento.
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