Catfish: um bar de cocktails com inspiração do Japão e do Hip Hop dos anos 90

Fogo Alto

Julho
2025

Catfish: um bar de cocktails com inspiração do Japão e do Hip Hop dos anos 90

Esta é a segunda “dança” de Diogo Lopes e Catarina Correia. O casal de bartenders cruzou-se atrás do balcão do lisboeta Red Frog — o icónico bar de cocktails lisboeta, incluído na lista dos 50 Best Bars.

Em 2022, deram o passo seguinte e abriram o seu primeiro projeto em nome próprio: o Nexo ½ Bar, em Campo de Ourique. Apostaram num conceito inovador de day drinking, com cocktails de baixo teor alcoólico — uma tendência em destaque no mundo da mixologia nos últimos anos.

O espaço, embora acolhedor, acabou por revelar-se limitado para a ambição do casal. A resposta chegou recentemente com o Catfish, um novo bar de maiores dimensões, situado a poucos passos do Red Frog.

O Catfish é jovem, atento às tendências globais e em constante evolução. Em breve, prometem os fundadores, irá contar com um speakeasy dentro do próprio espaço — um conceito que remete para os bares secretos da época da Lei Seca nos Estados Unidos. A ideia? Dividir o Catfish em dois ambientes distintos: o “CAT” e o “FISH”.

Falámos com Diogo e Catarina para saber mais sobre este novo capítulo.


O vosso antigo projeto, o Nexo 1/2, destacou-se por apostar num conceito de cocktails de baixo teor alcoólico. Esta preocupação mantém-se também no Catfish?

Sim, continuamos a acreditar neste conceito, tendo cada vez mais opções deste tipo no nosso menu. A maior diferença entre os dois espaços é o facto de neste novo termos cozinha, onde fazemos alguns snacks para o cliente acompanhar com os cockctails.


Como surgiu a ideia de abrir este espaço?

Felizmente para nós, o Nexo estava a ficar demasiado pequeno e, após alguma pesquisa, conseguimos encontrar um espaço maior, mais no centro da cidade, que nos permitirá continuar a crescer. Em breve, queremos abrir um speakeasey dentro do espaço.



O Catfish tem como base produtos sazonais. De que forma isso influencia a construção do menu?

Ao construir o menu, criámos alguns cocktails que sabemos que conseguimos produzir durante a maior parte do ano. Mas sim, temos cocktails com ingredientes sazonais acabam por ter uma passagem mais curta no menu (podendo durar de um a três meses).


Como funciona o vosso processo criativo?

Não temos uma linha criativa definida; no entanto, grande parte da nossa inspiração vem de pratos de cozinha e (principalmente) sobremesas que vamos experimentando e tentamos transformar em estado líquido.



Onde sentem que o Catfish se posiciona dentro desta Lisboa em constante transformação e cada vez mais procurada por públicos exigentes e diversos?
O Catfish é um bar descontraído que procura entregar sempre cocktelaria premium, acompanhada de um bom serviço. Temos uma atmosfera informal e elegante, com alguns toques de street style.



Há alguma inspiração ou referência (de outros bares, cidades, culturas) que tenha guiado a criação do Catfish?

Claro que sim! Grande parte da nossa inspiração vem da cultura japonesa, mas também da cultura hip hop dos anos 90, misturado com o estilo de cocktelaria mais moderna praticada nos dias de hoje.



O nome “Catfish” tem algum significado especial ou simbólico para vocês?

Adoramos brincar e poder fazer trocadilhos com palavras. No nosso projeto anterior já o fazíamos, mas em português; ao fazermos a mudança de espaço, deu-nos oportunidade de podermos “brincar” internacionalmente. Isto aliado ao facto de conseguirmos usar o maneki neko no nosso logo (um símbolo não oficial que também já fazia parte do projeto anterior). No futuro, quando tivermos o speakeasy aberto, iremos conseguir “separar” conceitos, tendo um andar focado no “CAT” e outro no “FISH”.


Autor:

Manja Newsletter